sexta-feira, 4 de abril de 2014

Basicão !!

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terça-feira, 31 de março de 2009

Também sei falar sobre amor

. Também sei falar sobre amor!
. Uma saudade que não cessa, cheia de imagens agradáveis, ainda que absolutamente simples. São fantasmas emocionais impregnados em nosso corpo, mente e, quem sabe: espírito.
. O melhor amor é o que não se cansa de procurar pela figura pretendida, seja ela uma pessoa, uma família, alguma aceitação, ou até mesmo uma liberdade de expressão.
. Ama-se comidas, exercícios, dinheiro, saúde, Deus e qualquer elemento que desvie a atenção do amor que poderíamos sentir por nós mesmos. Este verdadeiro amor é anti-civilizatório, pecaminoso ou até terminantemente proibido! Como amar a si próprio quando sempre se dependeu tanto de outros seres humanos? Logo o amor se disfarça de culpa, sofrimento ou dominação.
. Se amar é unir-se apenas a quem realmente interessa! Amor exteriorizado é uma obrigação cultural! Entretanto, o que vale mesmo a pena é sermos amados!!!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

.O TEMPO EM SI.

. O tempo é estado de espírito, podendo estar denso ou esvoaçante.
. O Ser É além do tempo.
. Não que haja Ser fora do tempo da fisicalidade, não que deixe de haver Ser fora do tempo da fisicalidade.
. O Ser Pensante é aquele que foi, ou que pretende vir a ser.
. O Ser que É é fugaz, momentâneo, instantâneo: o Ser que Age - ainda que através de palavras, contudo sem tornar-se palavra que fica.
. Seguir o momento é estar à procura de interagir consigo mesmo, porém: que não esteja atracado em si mesmo - ensimesmado.
. Interagir consigo mesmo é descobrir-se como contribuinte ao tempo, àquilo que está fora e arrastamos para dentro - lutando, forçadamente, desgastantemente.
. O tempo não nos é confortável, contudo, pensamos tê-lo perdido sem nunca tê-lo possuído.
. O tempo é estado de espírito, podendo estar denso ou esvoaçante, conforme o que aceitamos pretender.
. Se pretendemos estar envolvidos no momento - na única parcela que nos pertence -, o tempo passa rápido.
. Se pretendemos sentir a interioridade, o tempo parece parar, pois, o estado de espírito não está se dinamizando com todas as energias possíveis: está parado ensimesmado como uma espiral.
. De repente, algo nos chama a atenção...
. São as outras energias universais que se fazem presentes, para serem notadas, para saírem de suas próprias espirais ensimesmadas.
. É na comunicação que o Ser É.
. Além dela é o Nada.. E como o Nada pode ser grande...

. Um abraço do Alexei.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Vivendo e Apre(e)ndendo.

. Para escrever eu preciso de inspiração!
. Inspiração é o mesmo que “colocar para dentro (inspirar) algo que está fora, mas que não é visto (o ar)”. Para escrever eu preciso “introjetar” (injetar para dentro) idéias que estão fora de mim, seja lendo, vendo ou ouvindo. Escreverei, então, o que ler, transformando em meu o que foi descrito por outros em diversos tempos passados. Estarei atualizando o que pertence ao passado.
. Esta possibilidade de atualizar o passado é uma característica muito importante dos seres humanos: as culturas e os indivíduos só sobrevivem se passarem por processos de atualização. As informações, disponíveis pelo mundo, só adquirem valores “transformacionais” quando atualizadas: introjetadas no tempo presente por quem se interesse por elas. Os seres humanos não são depósitos de informações que não tenham um sentido particular a cada um. Sendo assim, cada pessoa escreve sua própria vida, através de suas atualizações.
. Atualizar, porém, não é “melhorar”, é apenas vivenciar no tempo presente algo que já passou, seja bom ou mau, positivo ou negativo, produtivo ou paralisante, agradável ou desagradável.
. Quando estamos em psicoterapia desenvolvemos a noção do que temos atualizado constantemente em nossas vidas. A partir desta noção a psicoterapia nos fornece a possibilidade de escolhermos atualizar outros aspectos, tanto pessoais quanto mundiais (culturais, sociais, familiares, etc.), em nossas vidas.
. Ao exercermos uma profissão, atualizamos aspectos técnicos e teóricos. Como “ser estudante” é uma profissão, estudar só é uma realidade quando o objetivo de quem divulga as informações for o de possibilitar, ou facilitar, que o estudante as atualize, em seu tempo e com sua particularidade.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Capitalismo para todos e por todos.

. Pretendo tratar o tema sob a ótica da globalização. Defino o que vejo como pobreza e desigualdade: por pobreza considerarei a ausência de condições de subsistência em um sistema capitalista; por desigualdade considerarei a distinção da valorização humana a partir de classes sociais – também estabelecidas em um sistema capitalista.
. Certamente que a conceituação destes tópicos varia contextualmente, continente a continente, país a país, cidade a cidade. Partindo de minhas definições generalistas, poderia contrapô-las a uma descrição do sistema capitalista, porém, ele se caracteriza por impor estas classificações a todos – tendo como fundamento referencial a posse quantitativa de bens materiais e o acúmulo financeiro. Atenho-me a que o sistema capitalista – com suas classificações e subdivisões – não seja questionado aqui, reconhecendo-o como um paradigma estabelecido e de dificílima transformação.
. Para não haver linha de pobreza, todos devem possuir bens materiais e acúmulo financeiro. É através do trabalho remunerado que ocorre esta possibilidade, portanto, os subempregos e a exploração de mão-de-obra mal remunerada são os aspectos primários a serem extintos do sistema capitalista. As pessoas que se encontram submetidas a estes dois aspectos têm uma característica em comum que as coloca neste lugar de desvalorização pessoal e social: a impossibilidade de estabelecerem relações capitalistas vantajosas – de negociação, de produtividade, de atualização de seus conhecimentos e práticas produtivas e de entendimento sobre como funciona este sistema. Quem não possui conhecimentos a respeito do contexto no qual está inserido, age de forma idealizada e está impossibilitado de reconhecer e aproveitar as oportunidades que surgem diante de si.
. A questão que levanto é: “como uma pessoa, inserida num contexto capitalista, poderá vir a sair da linha de pobreza e, como as diferentes classes sociais poderão vir a se integrar de modo a estabelecerem um sentimento de igualdade?”.
. Considero a hipótese de que será através do reconhecimento de um objetivo em comum que as diferentes classes sociais poderão se igualar, pensando que este objetivo em comum pode ser, justamente, o de erradicar a linha de pobreza do sistema capitalista.
. É na troca de experiências e de interpretações a respeito do contexto, neste diálogo, nesta divulgação das diferentes realidades, que se estabelece este objetivo em comum, pois, todas as classes têm algo para aprender e a acrescentar às outras sobre como é o capitalismo.
. Tendo como meta a erradicação da linha de pobreza, através deste diálogo, as classes terão um ponto de união que supera as desigualdades, tornando-as capazes de irem além dos conflitos entre si.
. Cada classe será, então, uma aliada às outras – mantendo, mesmo assim, outras características do sistema capitalista, como: a troca, o intercâmbio, a soma das diferenças visando ganhos financeiros a todos – na soma de intenções e na troca de informações, principalmente com aqueles que se encontrem na linha de pobreza.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

O Simbolismo da Libertação (sobre a Páscoa).

. Quando há a crença de que Jesus de Nazaré morreu sob tortura para nos libertar de todos os pecados, os que crêem nisto celebram este momento de forma respeitosa. A pessoa que melhorou a vida de muitas outras foi morta de modo violento e vexatório, porém, disse que seus executores não sabiam a seriedade do que estavam fazendo. Seus assassinos tinham a intenção de acabar com as possibilidades de mudança social que estavam se tornando reais demais, só não contavam com a incapacidade humana em controlar as possibilidades que estejam se estabelecendo dinamicamente – que envolvam tantas variáveis sem relações objetivas entre si –, complexamente.
. Após a constatação de que um assassinato realmente ocorreu há mais ou menos mil novecentos e setenta e quatro anos – estando Jesus com trinta e três anos de idade –, ocorreu o que os assassinos não sabiam: as possibilidades só se estabelecem através de ações concretas. Aqueles que agiram com muita intensidade, para eliminarem as possibilidades de mudança, alimentaram com a força impactante de seus atos o próprio movimento de transformação que lentamente estava se estruturando. Se milhares de pessoas falavam sobre alguém que estava praticando o bem, milhões passaram a falar sobre um assassinato brutal que havia ocorrido.
. Milhares de pessoas eram assassinadas naquela época, milhares foram e continuam sendo assassinadas de modo brutal, mas, o comentário que se estabeleceu foi: “mataram aquele que dizia saber o que era bom e que confirmava suas afirmações fazendo realmente coisas muito boas: coisas que nenhuma outra pessoa conseguia fazer tão bem”. Assassinaram uma pessoa especializada em fazer coisas impossíveis, mas, o mais chocante foi haverem assassinado uma pessoa que era capaz de transmitir a outros o poder de fazerem coisas impossíveis – como as coisas que milhares haviam visto ocorrer.
. Daí em diante, estabeleceu-se algo com o qual os assassinos não contavam: outras pessoas passaram a fazer aquelas coisas impossíveis, através da evocação do nome de Jesus de Nazaré. E muitos mais viram que Jesus havia, mais uma vez, provado o que dissera: sua morte não era sinal de derrota, era um elemento a mais para provar sua vitória sobre como o mundo tem sido estabelecido.
. A mensagem de Jesus de Nazaré é a da supremacia das possibilidades de paz, de cura e de prosperidade, sobre este mundo cheio de assassinos. Na Páscoa, há pessoas que celebram um assassinato, porque os assassinos não sabiam a importância e a seriedade do que estavam fazendo. Foi porque houveram pessoas dispostas a fazerem maldades com as outras, que ficou evidente o quanto é possível que as outras pessoas tenham os poderes de curar, de continuarem repetindo que a paz é melhor do que a violência, de provarem que a prosperidade só será possível quando aceitarmos a LIBERTAÇÃO do tipo que Jesus mostrava: quando estivermos livres desta rotina que procura o que destruir, que assassina a vida de quem morre e tortura a vida de quem mata.
. É possível não assassinarmos as possibilidades, porém, teremos que olhar para a violência, a miséria, a intolerância, a ansiedade, o medo e para tudo o mais que fingimos não estarmos vendo e que faz nos sentirmos mal: sofrermos. Foi quando não houve mais como negar que haviam assassinado aquele que fazia e ensinava como fazer o bem de formas impossíveis, quando milhares ficaram repetindo que estavam sofrendo porque alguém agiu de modo maléfico, é que milhões sentiram que a vida pode ser diferente de uma soma de destruições. E mesmo sem a presença física de Jesus de Nazaré, muitos fazem maravilhas, constroem e estabelecem o bem evocando o poder que Jesus provou ter e transmitir.
. Outras pessoas destroem o que puderem, inclusive a si mesmas. Elas sabem o que fazem, entretanto, estão muito assustadas para aceitarem que o caminho da destruição não vence o caminho da construção, da reconstrução, da renovação de possibilidades boas e construtivas.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Obrigação Perante Deus e os Homens.

. Um homem. Apenas um homem único resolve perceber a obrigação que todo ser humano tem que cumprir perante Deus e os homens: expressar suas fantasias.
. Cada ser humano deve ir, utilizando seus pensamentos e emoções, ao encontro de padrões de beleza e de prazeres que se encontram além de sua fisicalidade. Ao vivenciá-los, este ser humano passa a conter em si a obrigação de trazê-los ao alcance de todos os outros, através de sua criatividade. Este humano tem então que pintar, desenhar, escrever ou falar a respeito da existência destes padrões profundamente divinos. Ele deve criar representações do que experimentou, reconhecíveis pelos outros, porque todos os homens foram feitos artistas, independentemente de todas as circunstâncias naturais manifestas ao seu redor. Cultura, sociedade e família também são consideradas, por aquele único homem, circunstâncias naturais, pois ocorrem alheias à função humana que se estabelece na ligação de si com a divindade.
. A arte é densa. Não é etérea e nem se desfaz ao longo do tempo e da fisicalidade. Para quem precisa de um exemplo, o homem único diz que houveram vários artistas, já falecidos, que tiveram o reconhecimento de seus valores anos após suas mortes: a arte permaneceu viva, apesar da inexistência biológica de seus profetas.
. Este ser humano, feito artista em seu contato com a divindade em si, chafurda na dificuldade de ser o que é, porque a fisicalidade sempre se opõe ao que emerge de outra dimensão. O próprio homem artista se perde entre estas dimensões, mas, existe a possibilidade de adaptação entre suas várias percepções, sem que com ela perca sua sanidade mental. Para que esta adaptação ocorra, o homem artista precisa aceitar o fato de que outras pessoas não compreendem seus processos, suas dinâmicas.
. O homem artista está isolado do mundo comum, mas está plenamente integrado ao mundo divino de tudo o que é bom, belo e fantástico, que é encontrado presente e ativo nos sonhos e fantasias humanas. Ele é autêntico: não mente o que realmente sente, apenas sente diferentemente de outros tipos humanos. Ele sente simultaneamente por todos os aspectos de seu ser: corpo, mente, emoção, espírito e intelecto.
. Quando o homem artista se fixa em um único aspecto, através do qual sente o mundo e a si mesmo, é porque está em processo de defesa contra algum conflito importante entre o que está sendo sentido e como está interpretando, o que é percebido de forma simultânea por todos os aspectos de seu ser. Sua interpretação entra em conflito quando as percepções são contraditórias, porque ele não consegue fazer uma interpretação, satisfatória ou plena, das ocorrências. Este é um processo comum diante da pretensão de formalizar uma interpretação racional dos acontecimentos, quando é reduzida a percepção a um único aspecto é estabelecido um tema de sua confiança. Quem confia mais no corpo, prioriza a visão, a audição ou o tato. Priorizar a mente é associar o que conseguir, descartando o que não foi possível associar. A emoção priorizada, dificilmente ocorre sem intensidade, o que dificulta o ato de interpretar o que é percebido. Espiritualmente priorizadas, as percepções associam sua causa a algo superior a fisicalidade. O intelecto priorizado necessita de muitas vivências para se fortalecer, partindo da repetição de padrões que foram sendo identificados e aceitos como generalidades. O intelecto apóia-se na racionalização em detrimento da aceitação do que é dinâmico, do que não se estabelece de modo padronizável.
. O homem único, que percebeu a obrigação humana perante Deus e os homens, pode lançar-se no mundo através das palavras. Ele reconhece nas palavras de outros – ao ler seus textos – sua parcela de integridade, mas, em suas próprias palavras escritas não aceita este auto-reconhecimento. Nas obras que produz ele reconhece as idealizações que tem sobre sua própria figura, supostamente uma triste figura, que fornece justificativas fantasiosas para a continuidade da negação em reconhecer-se. Sua produção se dá, então, na vivência da tragédia, da dor controlada, visando garantir algo – mesmo que esta garantia seja apenas a do sofrimento premeditado.
. O homem artista, enquanto homem único, sabe que não há garantias, nem ao menos de que o sofrimento premeditado será mantido, pois os fenômenos percebidos e vivenciados por ele são estruturalmente bons – enquanto apoiados na divindade, em Sua forma de aplicar lições desenvolvimentistas ao ser humano. Seu desejo, contudo, é o de manter os fenômenos estáticos, de perpetuá-los. Ele pretende ficar estagnado na letargia gerada por uma paralisação da dinâmica que é o viver. Quando ele escreve sobre isto expressa coragem, audácia, só que de forma puramente racional. Sendo assim, o homem único foge do homem artista que é, na intenção de negar seu próprio desejo, que o levaria a cumprir sua obrigação perante Deus e os homens: expressar suas fantasias.
. O ser humano vive um constante dilema: como coordenar suas percepções com suas obrigações perante Deus e os homens?